04 março, 2007

Como anda sua criatividade?


Nos meus estudos sobre modelagem OO, padrões, frameworks, etc, às vezes fico impressionado com a criatividade das pessoas que geram essas soluções. Gosto de pensar que trabalhar com programação é um tipo de arte, já que existem várias maneiras de combinarmos as peças que compõem uma solução e, dependendo de como isso é feito, pode-se conseguir algo brilhante ou algo que fracaça. A imagem do artista nos remete à liberdade criativa que, para mim, é a maior manifestação de inteligência possível. Einstein é considerado o ser humano mais inteligente de todos os tempos porque teve a idéia mais criativa que se tem notícia. Gostaria de um dia deixar de só consumir o que é produzido em computação (notavelmente quase tudo no exterior) e conseguir criar como “eles”. Falando neles, e como eles criam não? Até se compararmos nosso meio artístico, que em princípio deveria ser formado por pessoas as mais criativas, quase tudo que é feito aqui é algum tipo de cópia. Difícil algo realmente original. O lançamento do iPhone rendeu para a Apple 200 novas patentes. Isso é o que o Brasil registra em um ano. E qual será o motivo disso? Arrisco dizer que um dos principais é que não nos preocupamos em ser criativos. Não é da nossa cultura. Não somos estimulados a isso pelos nossos pais, pela sociedade e pelo governo. A China, conhecida pela pirataria e pelo plágio escancarado de projetos dos outros, quer reverter essa situação e está investindo pesado em ciência. Cientista na China tem status de pop star (como deveria ser em toda parte do mundo). Muito do café que exportamos vai para a Alemanha, que cria diversas roupagens para o produto e o exporta com o triplo do valor. Esse é o principal diferencial entre um país desenvolvido dos outros. O tal do “valor agregado”. Enquanto nos limitarmos a exportar matéria prima, nunca sairemos da condição de colônia.

21 fevereiro, 2007

A Sublime Arte de Mijar em Pé



As mulheres têm razão de sentirem inveja de uma das nossas capacidades mais sublimes, símbolo da liberdade absoluta e o que nos torna, durante alguns segundos, o ser mais poderoso da Terra. Estou falando da incrível capacidade que temos de urinar, virtualmente, em qualquer lugar, a qualquer momento e, principalmente, em qualquer direção.

Por quantas vezes já não estivemos naquela situação depois de ter tomado as seis primeiras latinhas sem interrupção e, de repente, como que um juiz apitando um pênalti, nosso cérebro seqüestra todos os nossos sentidos em função de um único objetivo, libertarmos os aproximadamente três litros de xixi que acumulamos nos últimos trinta minutos. Levantamos rapidamente em estado de alerta, tentando não levantar suspeitas da nossa intenção, em direção ao banheiro mais próximo. Chegando lá descobrimos que três garotas, repletas de quites de maquiagem, acabaram de adentrar sem previsão de saída. Ligamos todos os nossos sentidos de localização para tentar encontrar um lugar substituto, quando vemos o anfitrião posicionar-se em frente à porta dizendo, com a maior cara amarela, que aquele é o único banheiro da casa. Começamos a suar frio, a agonia de saber que a bexiga pode explodir a qualquer momento aumentando. O que fazemos então?? Entramos em desespero?? Claro que não! Simplesmente saímos sorrateiramente em busca da primeira árvore mais escura que encontramos e despejamos tudo ali! A sensação de alívio é indescritível, nada pode nos incomodar, afinal, estamos de pé, cabeça erguida, vento na cara, olhando friamente nos olhos de qualquer um que ouse nos criticar.

Outra fonte de grande prazer é a possibilidade de dispararmos em qualquer direção. Se estamos na praia, podemos fazer desenhos na areia, exercitando assim nossos dons artísticos. Quando crianças podemos fazer guerrinhas uns com os outros estreitando nossos laços de afeto (deve ser por isso que somos mais companheiros que as mulheres). Se aquele mala do futebol está do nosso lado no vestiário depois da partida, podemos posicionar o jato num ângulo que espirre várias gotas nele e, se ele vier reclamar, pedimos desculpas esfarrapadas (isso às vezes acontece sem querer mesmo), ou então chutamos o balde e apontamos tudo diretamente para ele e seja o que Deus quiser! Nada mais gratificante que, depois de uma seção de Cinemark, entrarmos no banheiro e os urinóis grudados na parede estão cheios de gelo. Fazemos mira e começamos o ataque para derreter os inimigos. Uns mantêm o tiro em uma só pedra até que esta se desintegre por inteiro, outros lançam seus lasers por todos os lados procurando ferir o máximo de alienígenas possível. Qualquer uma que seja a estratégia, nestes segundos somos o Lucky Sky Walker com nosso sabre de luz devotado à derrotar o Darth Vader e salvar o universo!!! As possibilidades são infinitas ....

Provavelmente esta flexibilidade é fruto de anos de evolução, pois houve uma época em que era crucial sair correndo de animais selvagens mesmo quando estivéssemos nos aliviando. Isso certamente ajudou na sobrevivência da nossa espécie e garantiu que hoje você possa estar aí lendo esse monte de bobeira. E viva La Evolucion!!